Blog de informações sobre hip hop, rap brasileiro e cultura de rua

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Fotos da golden era do rap por Janette Beckman

Janette Beckman

Sparky D / Slick Rick / Jam Master Jay e seu filho

“Uma insider da Golden Era” – por Carol Patrocinio

Você já ouviu falar de Janette Beckman? Ela é a fotógrafa que acompanhou os maiores nomes do hip hop entre 1982 e 1990, bem a era de ouro da cena. Pode começar a pagar um pau pra essa mulher, ela esteve em contato com todos os monstros que você chama de ídolos!

Nascida em Londres, Janette cresceu curtindo dos artistas da Tamla Motown aos Rolling Stones e mergulhou de cabeça nas cenas alternativas inglesa e americana quando passou a fotografar. Além dos mestres do rap, a fotógrafa esteve com as bandas The Clash, The Specials, Police e Paul Weller. Quando mudou para Nova York se tornou a pessoa responsável por registrar a cena hip hop – Afrika Bambaata, Run DMC, Salt’ n ‘Pepa e Grandmaster Flash foram alguns de seus personagens.

Daí pra frente, a carreira da fotógrafa só cresceu e ela passou a fotografar para as revistas Esquire, Rolling Stone, People, Interview, London Sunday, Times Magazine, Observer Magazine e para empresas como a lendária marca de botas Doc Marten, os tênis Converse, Warner Brothers, Universal

Para registrar todos esses momentos de sua vida, Janette lançou alguns livros, dois deles são dedicados ao rap. Em “The Breaks: Stylin’ and Profilin'”, ela retrata, em imagens, a cena hip hop de 82 a 90 e em “Rap! Portraits and Lyrics of a Generation of Black Rockers”, textos e imagens se complementam para contar a história de uma geração que revolucionou a música.

Janette Beckman

Eric B. e Rakim / Run DMC e sua banca

Janette Beckman

Um dos Jungle Brothers / Big Daddy Kane

Janette Beckman

Flava Flav / LL Cool J

Janette Beckman

EPMD Babylon Long Island / Stetsasonic

The Breaks Stylin' and Profilin' 1982-1990The Breaks: Stylin’ and Profilin’
Fotos de Janette Beckman e texto de Bill Adler & Tom Terrell
Editora: The Power House Arena
Capa dura | 24.13 x 25.40 cm | 144 páginas | 150 fotos
US$ 35

Rap! Portraits and Lyrics of a Generation of Black Rockers“Rap! Portraits and Lyrics of a Generation of Black Rockers”
Fotos de Janette Beckman e texto de Bill Adler
Editora: St. Martin’s Griffin
21.59 x 27.30 cm, 106 páginas
US$ 13,95


Mais?
Site de Janette Beckman


Estilo: Conheça os Dandies Africanos

dandie africano/reprodução

“Elegância não ter a ver com dindim” – por C. Machado*

Uma moda nasce da história na República do Congo e a gente nem sabe. Nego invocado? Passa longe disso. Quem vê os Dandies Africanos, cheios de estilo, esbanjando elegância e trejeitos únicos não imagina a história imensa que tem por trás desse, mais que hábito, estilo de vida.

dandie africano/reprodução

No início do século 20, quando os franceses foram chegando na República do Congo, eles levaram consigo sua cultura e seu lifestyle além mar, sem saber o que iriam encontrar. Deram de cara com uma comunidade chamada Bakongo, e neles inspiraram todo um futuro de uma geração. Eis que, a partir de então, toda a cultura, inclusive a de se vestir, havia sido disseminada, e agora, elegância era uma palavra que pertencia a todos os universos.

No ano de 1922, um cara chamado Grenard André Marsoua, político e militar, foi o primeiro a voltar de terras francesas totalmente adaptado ao estilo de vida europeu, e revolucionou o imaginário de seus parceiros locais – tamanha admiração lhe rendeu o título de “grand Sapeur”, e o respeito de toda a comunidade, ditando as maneiras locais de se comportar e de se vestir, e instigando os locais a transparecerem elegância igual.

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Desde que tudo isso começou, um tanto de tempo já passou, e o processo foi reconhecido publicamente como cultural local. Existe uma sociedade, a “Societé des Ambianceurs et Persons Élégants”, e todos os membros são considerados “Sapeurs”. Apesar da pouca, e às vezes nenhuma, grana para manter o estilo de vida, os Dandies são capazes de confeccionar as próprias roupas, e outros de deixar lhes faltar qualquer coisa pelo estilo. Compram, alugam e fazem rolos com as roupas, é um verdadeiro artifício, uma forma de sobrevivência de uma riquíssima cultura local.

dandie africano/reprodução

Mais que a futilidade de vestir-se bem, a intenção é a de mudar um país. Transformar em cores e formas de um lugar pobre de tudo [grana, educação, orgulho] em algo melhor, mais bonito e mais agradável de se ver e viver. Os trajes dos Dandies chegam a custar mil euros, quando o salário base da República fica em mais ou menos cem euros. É uma verdadeira discrepância, muitos diriam, mas não há nem o que julgar. Toda manifestação cultural é linda e válida, custe o que custar.

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Entre 1970 e 1990, em alguns lugares como no antigo Zaire, os trajes advindos do colonialismo foram totalmente proibidos, mas sem contar com isso, os Dandies continuaram sua persistência, e hoje podem, com muito orgulho, dizer que sobreviveram a três guerras civis, e com toda a elegância, força e estilo, inclusive dignos de inveja.

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Com certeza você já viu por aí alguém que se inspira nos Dandies pra de vestir ou pra viver, e se não viu, agora pode conferir, e já sabendo mais, admirar o seu estilo e entender suas regras; a quantidade de cores por look é limitada a três, as texturas como xadrez só podem ser usadas em uma peça, o último botão do terno não se abotoa e os sapatos precisam sempre estar impecavelmente limpos, engraxados e brilhando – não importa aonde vão andar. Charutos são totalmente necessários, e de preferência sempre acesos, mas com educação e charme.

E qual a ligação disso com o rap? Você não acha que Rincon Sapiência se inspira, consciente ou não, nos Dandies?

*Clarice Machado é fotógrafa e apaixonada por cultura de rua e moda. Conheça mais do trabalho dela no Flickr.


Inspire-se

Imagem do designer Mathiole

Universo online – por Carol Patrocinio

Esqueça tudo o que você já viu na internet, não tem nada a ver com o mais famoso universo online (uol) que te oferecem por aí. Esse universo é diferente, criativo e vai te ajudar a ganhar um fôlego para atravessar o sábado e o domingo e começar bem uma nova semana em que você vai se sentir muito mais criativo do que imaginava.

Unic. verse é um projeto do ilustrador Mathiole, dono também da imagem que abre o post de hoje. A ideia do cara é mostrar o que é, na cabeça dele, o universo. Essa coisa imensa que está ao redor de todos nós mas basta parar pra pensar nisso que a gente fica meio maluco.

O mais bacana é que a ilustração é contínua, como um muro, mas online. Você vai arrastando a barra de rolagem pro lado e coisas incríveis aparecem na sua tela. Vá ao site dele, veja as imagens, respire fundo e pense no que é o universo pra você.

Saiba mais:
Site
Flickr


Um novo olhar sobre as tradições

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Um diamante jogado aos porcos – por Carol Patrocinio

De vez em quando alguns diamantes são jogados aos porcos, apenas para ver se algum deles vai conseguir separar a pedra preciosa da lavagem que está prestes a comer. De vez em quando, um porquinho mais esperto, consegue encontrar o tal diamante e o separa. Numa dessas lavagens eu, Snowball que sou, consegui separar um diamante ótimo: Leonardo Galina, o Guma.

Se até no lixão nasce flor, por que numa matéria sem nenhuma ligação com cultura de rua não seria possível encontrar um fotógrafo com um trabalho muito bacana sobre raízes africanas? E o que o rap e o break, por exemplo, tem a ver com candomblé, capoeira e diversas outras manifestações dessas tradições?

Pensando nessas ligações, convidamos o Guma para ser um “colunista visual” aqui no Per Raps. Esse fotógrafo vai contar histórias através de imagens e levar um outro mundo a você, aqui pelo blog, apenas clicando nas fotos. Quer saber de onde ele vem?

“Leonardo ou ‘Guma’, na vida da capoeiragem, nasceu e cresceu no Pirajussara e hoje é do Campo Limpo. Aos 18 anos teve seu primeiro contato com a fotografia, na faculdade de arquitetura, e começou a fotografar por hobby.

Sempre procurando uma forma de se expressar, foi na Fotografia que encontrou o que procurava depois de tantos pulos e outras tantas rasteiras. Foi representar sua quebrada em Portugal, com uma fotografia do Pirajussara.

Integrante ativo do grupo de Capoeira Angola Irmãos Guerreiros, na Senzalinha, habitação do Mestre Marrom e sede das sagradas rodas de sexta-feira, onde mantém uma exposição de fotografias angoleiras. Fotografa a música, o transe, a ciência do jogo, os olhares e palmas, os círculos onde se transmite o conhecimento ancestral da filosofia de Angola.

Em 2007 publicou pela Edições Toró o livro ‘Morada’, com o poeta e parceiro Allan da Rosa, em que discute a questão da habitação nas beiradas da cidade. Trabalhou como Orientador Social no Jardim Ângela, atendendo adolescentes que entraram em conflito com a lei, como arte-educador na Fundação Casa, ministrando oficinas de fotografia aos adolescentes internos, fotojornalista freelancer para sites e revistas, além de ser fotógrafo de espetáculos de dança e teatro”, segundo ele mesmo.

Agora que todos estão devidamente apresentados, vamos ao que interessa: uma primeira mostra do trabalho do Guma. Gostou e quer mais?

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Como foi o Dialeto…

“Ginga e fala gíria, gíria não, dialeto…”

O Festival Dialeto rolou no último sábado e foi muito bem documentado pelo pessoal do site Noiz, no texto de Gisele Coutinho e nas fotos de Luciana Faria. Não há muito mais a ser falado, além de que o evento foi um sucesso e que foi uma noite memorável. Aqui no Per Raps, você confere algumas imagens e vídeos que já foram postados na net.

Parabéns aos organizadores e envolvidos e que venham muito mais festivais como esse por aí. Os fãs agradecem!

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Assista também os vídeos de Criolo Doido cantando a nova Grajauex e do início da bombástica apresentação do grupo Pentágono, cantando o hit Na Moral.


“All Type”: letra e música

Inspirada nas belas imagens que estão servindo de header – aquela imagem no topo do blog – a equipe do Per Raps decidiu dar mais espaço para as artes gráficas. Por hora, trouxemos algumas imagens feitas com a técnica chamada “all type”, que consiste em fazer desenhos com letras.

Essa técnica exige paciência e um bom conhecimento sobre desenho. Quanto mais próxima do real, maior a quantidade de caracteres para se formar a imagem final. Algumas delas chegam a conter milhões de letras, sendo que cada uma precisa ser posicionada do jeito certo, no tamanho certo e com a cor certa para que no fim haja um efeito legal.

Acompanhe abaixo algumas imagens relacionadas a música que foram selecionadas pelo Per Raps.
* Props para o A. Shumiski, que deu uma força nesse post.


Livre das grades, refém da cidade

O Per Raps inaugura hoje o seu canal de vídeos do Youtube, onde daqui pra frente iremos postar entrevistas, matérias, curtas e todo o material relacionado ao conteúdo do blog. Pra começar, disponibilizamos aqui um documentário de 30 minutos que fala sobre as dificuldades da reinserção do ex-presidiário na sociedade, com uma trilha sonora composta majoritariamente por rap nacional.

O vídeo é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso de quatro alunos de jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo: Caio Ferretti, Conrado Mazzoni, Felipe Floresti e Daniel Cunha, que escreve aqui pro Per Raps. É uma produção independente e sem fins lucrativos, e nossa intenção com ela é apenas estimular a reflexão.

Dividido em quatro partes, o documentário apresenta cinco histórias de pessoas que sofreram na pele as dificuldades para se manterem livre das grades, e superar o preconceito que os tornam reféns da cidade. Um dos personagens centrais é o rapper Afro-X, que ficou preso por quase oito anos e, na cadeia, se uniu com Dexter para formar o grupo 509-E.


Imagens da volta do Simples

Como já dizia o ditado popular, “uma imagem vale mais que mil palavras”! Por isso, o Per Raps traz algumas imagens do show que o Simples realizou na Hole Club, no dia 06 de junho. Além de Kamau, Rick, Stefanie, Dieguinho Beatbox e o Dj Will, ainda rolou a presença especial de Rincón Sapiência e Rashid.

Se você também foi ao show, mande fotos e víeos nos comentários! Aproveite para dizer o que achou da apresentação, caso tenha ido, e das fotos da colaboradora Janaína Castelo Branco.

Stefanie e Kamau na rima by Janaína Castelo

Stefanie e Dieguinho Beatbox por Janaína Castelo Branco

Kamau e Rick por Janína Castelo

Kamau e Rick por Janaína Castelo Branco

Rashid, Kamau, Rinón Sapiência e Dieguinho Beatbox por Janaína Castelo

Rashid, Kamau, Rincón Sapiência e Dieguinho Beatbox por Janaína Castelo Branco

Kamau, Dj Will (centro) e Rick por Janaína Castelo Branco

Kamau, Dj Will (centro) e Rick por Janaína Castelo Branco

Rick e Stefanie por Janaína

Rick e Stefanie por Janaína Castelo Branco

Rick, Kamau, Dieguinho Beatbox e Stefanie por Janaína Castelo

Rick, Kamau, Dieguinho Beatbox e Stefanie por Janaína Castelo Branco

*Props pra Gisele Coutinho pela revisão!


“Sou pago pra continuar a viver dos meus sonhos”

Já ouviu falar do trabalho do Magoo Félix? E não estou me referindo nem ao Mr. Magoo e nem ao Gato Félix dos desenhos. Ele é na verdade um artista que mistura aerografia, intercalando ilustração publicitaria, decoração de interiores e pintura artistica automotiva. Não entendeu nada? Acompanhe a conversa que tivemos com o Magoo e você irá descobrir do que se trata.

Magoo Félix (Arquivo Pessoal)

Magoo Félix (Arquivo Pessoal)

Per Raps: Onde a customização e sua arte se convergem?
Magoo Félix: Cara, meu irmão sempre curtiu carros, em especial carros customizados, hot rods e drag racing, sempre acompanhei esse visual dos carros por intermédio dele. Eu desenho desde pequeno, com intuito de fazer algo ligado a cultura underground, e meu primeiro contato com arte de airbrush (aerógrafo) veio no final dos anos 80, quando meu irmão comprou uma moto com pintura customizada, daí em diante me apaixonei pela aerografia automotiva.

Mas desse tempo até aqui fiz muitas coisas relacionadas a arte, grafite, ilustração, e aerografia, que é hoje , meu principal suporte artístico, sempre usando a linguagem de cultura custom, punk rock e tatuagem.

Per Raps: No começo então foi interesse próprio, hoje é profissional, certo?
Magoo Félix: Cara, hoje eu tento juntar tudo num único beneficio. Comecei por curiosidade, me apaixonei pela arte da aerografia e não parei mais. Hoje, 12 anos depois da compra do meu primeiro aerógrafo, continuo apaixonado por essa técnica que é a que eu mais uso em meus trabalhos, seja como pintor de carros de corrida, capacetes ou em meu trabalho como artista plástico. Pinto porque gosto e vivo de pintar; junto a parte financeira com a paixão pela arte. Costumo brincar que sou pago pra continuar a viver dos meus sonhos.

Per Raps: Agora me fala da sua exposição que você fez na Choque Cultural, vi que sua arte aparece em vários tipos de superfície, há um tema ou uma linha que amarre o trabalho todo?
Magoo Félix: Tento seguir esse mesmo universo que engloba todo o meu trabalho, misturo um pouco de cada, uso a influência do visual hot rod, com outras coisas que curto, como tattoo, que é algo que faz muita parte da minha vida, e musica alternativa, punk rock, garotas, baladas. Sou músico além de pintor, acho que toda essa vivência se misturou num liquidificador freak e deu o meu estilo. Quanto às superfícies, uso peças de carro, chapas metálicas, pinos de boliche, ferramentas, pedaços de madeira… Uso várias coisas dependendo do efeito que quero obter, mas sempre mantendo a pintura automotiva como foco principal.

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Per Raps: Se alguém quiser “pimpar” o carro, então você poderia dar um grau, pelo menos na parte da pintura, certo?
Magoo Félix: Sim, sim, claro. Na parte de pintura pode contar comigo, desde que seja algo ligado ao visual do meu trabalho…

Per Raps: E a importância de exposições feitas na Choque? Tem gente que diz que isso é uma forma de “enjaular” a arte…
Magoo Félix: Ah cara, isso é papo de quem não trabalha com arte e não sabe como é difícil expor o seu trabalho pras pessoas. Eu, particularmente, coloco o meu trabalho nos mais variados campos possíveis; se alguém quer comprar um trabalho meu, que está exposto, pra decorar a sua casa, e pagar por isso, por que não? Sou a favor de que a arte atinja todos os lugares. Eu seria frustrado se tivesse algum talento a mostrar e não tivesse como fazê-lo.

Per Raps: Você consegue viver só de arte hoje?
Magoo Félix: Olha, eu costumo dizer que, no Brasil, a gente sobrevive mais do que vive de arte… rs. Aqui é tudo muito novo, principalmente pra alguns artistas, que vieram de um berço mais underground como eu. É aí que eu falo da importância da galeria Choque Cultural, por exemplo, que deu um boom nos artistas de rua, que antes estavam à mercê da sorte, ou apenas pintando seus trabalhos na rua, sem qualquer reconhecimento.

Per Raps: Você disse que o grafite é importante na sua arte, você já chegou a bombardear os muros de São Paulo?
Magoo Félix: Cara, fiz grafite por um tempo e já faz uma boa data que parei, mas ultimamente tenho feito uns rabiscos pra me familiarizar com o spray de novo, e tenho curtido. Acho que já, já to de volta às ruas pra acompanhar uns camaradas pra fazer algo, creio que a própria vivência na aerografia me deu algo bacana pra eu aplicar nos muros com spray, to empolgado e ansioso por essa volta.

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Per Raps: Você faz seu trabalho ouvindo um som?
Magoo Félix: Sem música eu simplesmente não produzo, aliás, não vivo. Música faz parte integrante da minha vida e de certa forma até se reflete no meu trabalho. Ouço muita cois., Ouço punk rock, Ramones, Husker Du, The Muffs, muita coisa desse universo, mas minha maior paixão musical vem do rock alternativo, bandas como Silversun Pick ups, Sonic Youth, Dinossaur Jr, Superchunk, essas coisas. Ultimamente, tenho me aventurado no MPB pra relaxar, tenho ouvido muito Chico Buarque – o cara escreve muito bem -, e convenhamos, ele entende de mulheres mais do que ninguém, então, ele é a fonte!

Per Raps: Quem quiser encontrar sua arte faz o quê?
Magoo Félix: Tem o MySpace, tem o Fotolog, que eu atualizo quase que diariamente, tem o site da Choque, na sessão “artists”, e tem meu site, que apesar de desatualizado há anos, rs, logo logo, terá no ar uma nova página, totalmente reformulada e interativa, vale a pena esperar! rs.


Videocast do Parteum

O produtor e MC, Parteum, costuma registrar em sua câmera os bastidores de shows, de mixagens, de sessões de estúdio, além de bate-papos com os amigos e afins. Para quem não conhece, o videocast que ele grava já está na sétima edição. Essa é na verdade uma ótima forma de conhecermos mais um pouco dos “processos” por traz de um beat, de uma letra ou até da própria personalidade do rapper.

Neste episódio, você confere trechos de mixagem da mixtape Magus Operandi, shows no Rio Grande do Sul e na Praça da Sé (em São Paulo) um breve depoimento do “avô-herói” do MC, uma pequena session de skate e a apresentação do som “A Bagunça das Gavetas”, que rolou na CCJ, em Sampa no fim de 08′.

“Decifre-me por meio dessas linhas/ Imaginárias linhas nos separam feito prófase, metáfase, anáfase, telófase
afaste-me do mal/ Quero mais do que o lamento no final, deixe-me…”
(trecho de “A Bagunça das Gavetas”, por Parteum)

O Per Raps trará em breve mais informações sobre a fita mixada Magus Operandi, a sexta mixtape de Parteum. Por enquanto, acompanhe as notícias no blog do MC, Minhas Paradas Sempre Funcionam De Vez em Quando.


Presente de Natal

Apesar do Indie Hip Hop 08′ ter rolado na semana passada, o Per Raps traz algumas imagens exclusivas que se destacaram em meio às várias fotos tiradas por nós. Além disso, alguns videos com trechos de shows e outros feitos por parceiros que estavam presentes. Fica aí de presente de Natal!

Kamau e Jeffe:

Enézimo, Passa Mal:

Talib Kweli #0:

Talib Kweli #1:

Talib Kweli #2:


Como foi o Indie Hip Hop 2008

casa cheia

O resultado do sucesso do Indie Hip Hop 08': casa cheia

A edição deste ano do festival Indie Hip Hop se foi deixando saudades e já cria novas expectativas quanto ao ano que vem. Com o Sesc Santo André lotado com quase 3 mil pessoas, no sábado e no domingo, o público brasileiro (pessoas de vários estados vieram especialmente para o evento) assistiu a grandes apresentações dos grupos brasileiros e ao esperado show de Talib Kweli, principal atração do evento, que não decepcionou ninguém e agitou a galera com performances de mais de uma hora nos dois dias. Uma pena é saber que, para ver algo semelhante, realmente teremos que esperar até o final do ano de 2009.

A apresentação que abriu o festival veio com o peso e a qualidade de quem também poderia tê-lo fechado. Doncesão e Dr. Caligari (heterônimo de Dj Caíque), ambos da zona norte da Capital, fizeram um show cheio de “fúria” e energia. Acompanhados no palco por alguns membros da 360 Graus Records, os dois, que lançaram seus discos nesse ano, transformaram a desconfiança de quem ainda não conhecia os trabalhos dos dois, em aplausos.

Doncesão e sua banca marcaram a abertura do Indie 08' (D. Cunha)

Doncesão e sua banca marcaram a abertura do Indie 08' (D. Cunha)

Doncesão e Dr. Caligari cantaram músicas dos seus álbuns, Primeiramente e É o Terror, respectivamente, e agitaram a galera principalmente com os sons “Eu deixo a vida suspirar”, “Davi, o verdadeiro gigante”, ambas de Doncesão, e “A nossa hora” e “Querem me corromper”, de Dr. Caligari, que fechou o show mandando um sonoro “vai se f@#$%” para aqueles que não acreditam no rap nacional. Doncesão, muito emocionado, desceu do palco durante uma das músicas e, perto da galera, gritou uma frase que resgata as raízes da cultura: “Se eu posso, vocês também podem!!!”.

Na seqüência, o MC Sombra, ex-SNJ, trouxe ao Indie uma pitada da velha escola do rap nacional, e apresentou seu disco solo lançado recentemente, Sem Sombra de Dúvidas. Mesmo não sendo freqüentemente associados ao cenário do rap alternativo, Sombra e o SNJ têm uma grande parcela de contribuição por serem pioneiros em apresentar um discurso positivo no rap nacional, e são influência para muitos MCs que hoje fazem parte do jogo.

Expulsos do 5° Andar, mas agora no Subsolo (E. Ribas)

Expulsos do 5° Andar, mas agora no Subsolo (E. Ribas)

A última apresentação nacional do sábado foi a volta do principal grupo de rap alternativo do país: o Quinto Andar, que parou de pagar o condomínio e foi morar no Subsolo. A reunião de um mês em um sítio no interior de São Paulo resultou em um trabalho bem pouco parecido com o estilo do Quinto Andar. Os temas podem ser recorrentes, mas a abordagem é totalmente diferente. “Já não é como antes…”, diz Kamau na rima “Ordem de Despejo”.

Os beats agora têm mais peso e chegam a ser sombrios, em alguns pontos lembrando até o rapper inglês, Roots Manuva. Shawlin, Xará, Pai Lua, Kamau, Lumbriga Tremosa, Gato Congelado e Matéria Prima dominaram o palco com suas rimas e tiveram o Dj Mako completando o grupo e incrementando a performance com seus riscos. Durante o show, Lumbriga sintetizou a impressão do público em um recado para a galera: “O som é esquisito, mas vocês vão se acostumar”.

O segundo dia de Indie Hip Hop começou literalmente com uma Manada passando. Para ser mais específico, o Projeto Manada estava no palco apresentando os sons do seu novo CD, Urbanidades. Enquanto os MCs Macário e Prizma disparavam suas rimas esbanjando presença de palco, os MCs/Djs Leco e Mister Venom transitavam entre o front do palco e a responsa das pickups. 

Os MCs Macário e Prizma mostrando os sons de "Urbanidades"

Os MCs Macário e Prizma mostrando os sons de "Urbanidades"

Com certeza, nesse trabalho o som está mais pesado. O slogan do grupo, “imagine uma manada entrando em seus ouvidos”, corresponde exatamente ao que rola no palco; rappers de peso com rimas conscientes e provocativas embaladas por beats empolgantes.

Em seguida, o “prata da casa” Enézimo convidou a banca do Pau-de-dá-em-doido, de Santo André, para participar de seu show e apresentar as músicas de seu disco solo, Um cara de sorte. Ele mandou alguns sons sozinho, acompanhado pelo Dj Nato, e depois chamou seus parceiros para dar seqüência à festa: Arnaldo Tifu, Preto R, Sagat, Stefanie, Carlus Avonts e Max Musicamente subiram ao palco e esbanjaram energia, cantando, dançando e acompanhando Enézimo.

O MC Enézimo representouo rap do ABC Paulista (E. Ribas)

O MC Enézimo representouo rap do ABC Paulista (E. Ribas)

Ao final, Max Musicamente ainda emendou um freestyle que arrancou gritos e aplausos empolgados da platéia, ao comparar o preço dos ingressos do Indie com o de outros show de artistas estrangeiros quando vêm ao Brasil. Crítica extremamente válida, em tempos em que shows de rap chegaram a custar 300 reais.  

Antes da última e derradeira apresentação de Talib Kweli em terras tupiniquins, o público que compareceu ao Indie assistiu ao show mais aguardado entre as atrações nacionais: o do MC Kamau, que lançou seu primeiro disco solo, Non Ducor Duco, no meio deste ano. Como o disco já está há algum tempo na rua, era de se esperar que as novas músicas fossem cantadas em coro pelos fãs do rapper, que acompanharam cada palavra de “Vida”, “Só” e “A quem possa interessar”, principalmente.

Outro ponto alto foram as participações: primeiro a de Parteum, em “Dominum”, reeditando mais uma vez a parceria que já resultou em diversas composições veneradas pelo fã de rap; e a de Emicida, que rimou com Kamau em “Komwé”, ainda disparou “Triunfo” e viu sua música, que só saiu na internet, ser a mais cantada do festival.

Talib Kweli, aquele que busca a verdade (E. Ribas)

Talib Kweli, aquele que busca a verdade (E. Ribas)

Talib Kweli

Se compararmos os dois dias de apresentação, percebemos que foram dois Talib Kweli no palco: um mais tímido no sábado, e um que se sentiu em casa, no domingo. O MC de Nova-Iorque mostrou porque é tão celebrado por aqueles que apreciam o rap, com um setlist de tirar o fôlego.

Dos clássicos aos sons do trabalho mais recente, Eardrum. Uma das faixas do último CD que mais empolgou foi “Hostile Gospel”, seguida também por “Hot Thing”, música produzida por Will.I.Am, que participou de forma virtual no show, cantando o refrão na tela ao fundo do palco.

Apesar de ninguém ter certeza se a parceria com Mos Def, em Blackstar, seria mencionada, houve a grata surpresa de alguns sons serem tocados. “Definition” e “Respiration” balançaram o Sesc. Outro sucesso foi a rima de Talib em um som de Kanye West, “Get ‘Em High” (que também conta com a colaboração de Common).

No entanto, o destaque em termos de empolgação ficou para uma produção de Kanye West, “Get By” (do álbum Quality, de 2002), que teve a parte do refrão feita por um coral, cantado por várias pessoas: “This morning, I woke up, Feeling brand new/ and I jumped up, feling my highs, and my lows, in my soul, and my goals/ Just to stop smokin, and stop drinkin/ And I’ve been thinkin: I’ve got my reasons/ Just to get (by)”.

Dj Chaps ao fundo e Talib Kweli mostrando os sons de Eardrum

Dj Chaps ao fundo e Talib Kweli à dir. mostrando os sons de Eardrum (E. Ribas)

A única coisa que parece não ter funcionado da melhor maneira foi a comunicação entre público e MC, já que às vezes não rolava a interação esperada. Em uma das vezes, Rodrigo Brandão auxiliou Talib e traduziu uma frase, pedindo para o público fazer o máximo de barulho possível. Aí sim, a resposta foi imediata.

Em uma apresentação passada, mais especificamente a do grupo Jurassic 5, o MC Kamau fez a tradução do que era dito pelos rappers, e isso funcionou muito bem. Uma homenagem à velha escola foi feita por Talib Kweli e o Dj EQ, que tocaram clássicos do rap e chamaram b-boys ao palco para ilustrarem essa parte do show. Falando em homenagem, Talib fez questão também de homenagear nos dois dias o Dj Primo. “This one is for you, Primo!”

R.I.P. Dj Primo

Kamau revelou em vários momentos que aquele era um show muito especial para ele. O principal motivo foi a ausência de alguém que participou de todo processo do disco e era ainda uma das figuras mais queridas e respeitadas no rap brasileiro. Dj Primo morreu em setembro deste ano, vítima de uma pneumonia, e foi, sem dúvida nenhuma, o grande homenageado do Indie Hip Hop 2008.

Não só Kamau, como todos os grupos envolvidos, incluindo Talib Kweli, prestaram homenagens ao amigo, em formas de músicas, palavras…e até uma performance especial do Dj Kl Jay dedicada à Primo, com imagens suas no telão. Muita emoção na frente do palco, onde estavam os pais e familiares de Alexandre Muzzilo Lopes, o Dj Primo.

* Texto e fotos por Daniel Cunha e Eduardo Ribas.
** Props to Karolina (pelo vídeo), do blog Fita K7.

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Instruções:

1. Entre no link do prêmio;
2. Se cadastre, aguarde o recebimento de uma senha por e-mail e a utilize para se logar no site da premiação;
3. Vá para a área “Indique blogs” e coloque o nome, o endereço e a categoria do blog que você irá votar: no caso, o Per Raps (https://perraps.wordpress.com) está na categoria “Arte e Cultura”;
4. Você pode votar em apenas um blog ou até cinco deles;
5. Não vote no mesmo blog por mais de uma vez ou seu voto será anulado;
6. A votação termina hoje e a divulgação dos finalistas sai na segunda.


Imagens da festa Nike Custom Series III

Enquanto você confere as imagens do evento da Nike Custom Series III, ouça a oitava mixtape* do Per Raps, intitulada Sessions. Como sempre, você encontra sons das antigas e outros mais atuais. Enjoy!

mix_tape

1. De la Soul – Me, Myself and I;
2. The Cool Kids – Pump up the Volume (remix);
3. Lil’ Wayne – Whoever you Like;
4. A Tribe Called Quest – Check the Rhime;
5. The Knux – Hard Days Night.

*O site provedor da mixtape está fora do ar no momento.

 

Criança curtind as "trilhas" de Parteum (by Edgard Patrocinio)

Criança curtindo as "trilhas" de Parteum (by Edgard Patrocínio)

Skatista no obstáculo central da pista by Edgard Patrocinio

Skatista no obstáculo central da pista by Edgard Patrocinio

Casa cheia (E. Ribas)

Casa cheia (E. Ribas)

by E. Ribas

by E. Ribas

Garoto na session de skate antes do show

Garoto na session de skate antes do show by Edgard Patrocinio

Secreto, Alex "The Manager", Suissac e Parteum (E. Ribas)

Secreto, Alex "the Manager", Suissac e Parteum

by Edgard Patrocinio

by Edgard Patrocínio

by E. Ribas

'Move' by E. Ribas

by E. Ribas

'Move II' by E. Ribas

Parteum, Suissac e Secreto no palco (E. Ribas)

Parteum, Suissac e Secreto no palco (E. Ribas)

Você curte a festa Jazz it Up!, que rola quinzenalmente no Studio SP? Então ajude a elegê-la como Melhor Projeto de Festa de 2008 pela Folha de São Paulo!

Vote aqui.

“Tendo o jazz como plataforma e ponto de partida, o projeto Jazz It Up! traz ao palco do Studio SP, no dia 9 de dezembro (terça), o trio Lumina, formado por Sizão Machado (baixo), Fábio Fernandes (bateria) e Johny Murata (guitarra), apresentando composições de seu álbum “Project”, lançado recentemente.

Idealizado por veteranos da música brasileira, o trio, que se utiliza de uma sonoridade voltada para o free-jazz e fusion, soma na trajetória de seus integrantes passagens pelas bandas de Elis Regina, Djavan e Hermeto Pascoal, além de apresentações ao lado de Chet Baker, Chico Buarque, Airto Moreira, Milton Nascimento e Randy Brecker. Em edição especial, logo após o show do trio Lumina, haverá show de B.Negão e os Seletores de Frequência.

jazzitup-1811

Studio SP/ Rua Augusta, 591 – Centro
Tel: 11 3129-7040
R$ 10 com nome na lista (studiosp@studiosp.org) ou R$ 20 na porta
Informações, sugestões e envio de material no
 jazzitup08@gmail.com


Imagens do 2° Encontro Paulista de Hip Hop + auto-tune

“Começo minha fala pedindo licença aos mais velhos e aos mais novos. Aos mais velhos – todo o respeito pela sabedoria – Aos mais novos – todo o respeito por quem vai perpetuar nossa memória.” Denise Botelho, pesquisadora nas áreas de educação e relações étnico-raciais e religiões de matrizes africanas.

Essa foi a fala inicial do 2° Encontro Paulista de Hip Hop, realizado no dia 29 de novembro. O evento rolou no Memorial da América Latina e contou com palestras, oficinas e shows.

Participaram do Encontro a sambista Leci Brandão, a ex-Ministra da Secretaria Especial e Política de Promoção para a Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, o MC e beatmaker, Parteum, Paula Lima, GOG entre vários outros. Ainda teve tempo para as apresentações do Dj RM e o MC, Rappin’ Hood

Para saber mais, acompanhe o ótimo texto publicado no Portal Bocada Forte, escrito pelo Dj CortecertuSe você foi ao 2° Encontro Paulista de Hip Hop, nos mande seu comentário, foto que tirou e sugestões para a próxima edição do enento! Aqui no Per Raps, você terá acesso a algumas imagens abaixo, tiradas pelo fotógrafo Rodrigo Tomita

hip-hop-2008-268.jpg

Outra Vida Car Club, Guadalupe Car Club e Clã Munhão Bike Clube

Outra Vida Car Club, Guadalupe Car Club e Clã Munhão Bike Clube

Monomono nomomo

Em pauta: Desigualdade Social, os 120 anos da Abolição e produção musical

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Workshop com o Dj Erick Jay

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Mono nomomo no

Workshop e exposição de telas de grafite

Rappin Hood no palco do Encontro

Rappin' Hood foi atração no palco do Encontro

Acompanhe também o vídeo que faz uma paródia com os cantores e rappers que andam usando a ferramenta auto-tune para não desafinar. Repare como o cara lembra em certos momentos o T-Pain, quando canta, e o Lil’ Wayne quando rima. Enjoy!

Refrão

“We’ll I was in the studio
But i couldn’t hit the notes
I could’ve got a vocal coach
But i ain’t want no vocal coach
Then someone showed me this plug-in
So you can’t hear the notes i miss
So i don’t need no vocalist
And now i got an instant hit”

Rima

“When I come through I’m a boss
Everything i do i just floss
And you know what I’m doing
When do it, everything that i do is just real!
And you know i ain’t playing, im just saying man
Everything in my brain is playing
When im on the mic im blazing!
Man who am I? Just like a super-saiyan
Man I’m just saying!
When I’m in the booth man I’m never, never playing
And let me just quit it
When I’m on the mic these lyrics i kick it
And it’s so exquisite
Man i divide it up just like digits
May i get a witness
All up in church on sunday man, give it!”

Dica da Flávia Durante e do Ovelha Negra.