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Skatistas invadem Avenida Paulista

“Mais skate, por favor” – por Carol Patrocinio

E se a avenida mais famosa de São Paulo, cartão postal da cidade, fosse dominada por skatistas com seus carrinhos e o barulho ensurdecedor de rolamentos correndo no asfalto? Pois é isso que vai acontecer neste domingo (20), durante a comemoração (antecipada) do Go Skateboarding Day.

Wild In The Streets Brasil 2010

O evento pode ser considerado um flash mob, já que não tem uma equipe organizadora e deixa claro que é apenas uma session de skate para comemorar o dia. A ação já acontece em outros lugares do mundo e é promovida pela Emerica, é o Wild In The Streets, unindo skate, manifestação pacífica e os melhores e mais tradicionais picos das cidades.

A antecipação da comemoração do Go Skateboard Day deu-se por causa do trânsito caótico de SP. Já que o objetivo é sensibilizar os moradores da cidade através de uma boa impressão causada por skatistas não dava para atrapalhar a cidade com o evento, né?

E como qualquer mobilização, o Wild In The Streets São Paulo que chamar atenção para algo. Nesse caso é a prática do skate nas praças públicas, de maneira civilizada, sendo uma opção de cuidar de áreas livres urbanizadas. A intenção é que a prática seja uma ferramenta pra humanizar estes espaços.

Ninguém deu autorização para que todo mundo andasse de skate nas ruas de São Paulo, mas quem vai impedir que você circule em paz pelas ruas da cidade num domingo de manhã? É seu direito e, feito com segurança, não tem porque causar problemas. O evento é um encontro entre amigos que curtem andar de skate. Vocês é um deles? Então está convidado!

Wild In The Streets Brasil 2010

Pra você se animar ainda mais, vai rolar um Best Trick na Praça Roosevelt em formato de jam na borda de mármore. Serão anunciadas as melhores manobras a cada 10 minutos. E chegando no Pátio do Colégio rola um desafio de manobra de solo.

Algumas dicas que estão sendo divulgadas pelo pessoal que vai participar:

– Não ocupe as ruas antes das 10 da manhã, fique nas calçadas da Paulista antes das 10, vamos deixar o transito fluir normalmente antes do evento.

– Lembre-se que só iremos conseguir realizar o evento com sucesso se soubermos nos manter agrupados, por isso fiquem próximos e respeitem as instruções que serão dadas pelo megafone.

– Uma vez dada a largada e em movimento pela Paulista e Consolação, vamos nos locomover todos juntos, respeitando ao próximo e evitando acidentes e colisões.

– Haverá uma Van na nossa frente que estará ditando o passo. Vamos ficar sempre atrás dela. Na Consolação vamos realizar uma breve parada pra agrupar todos pra uma foto da descida em frente ao Cemitério. Não perca, essa vai ser uma das fotos mais clássicas da história do skate na cidade de São Paulo!

– Saindo da Praça Roosevelt mais uma vez é importante nos mantermos em grupo, pra garantir boa presença de skatistas andando juntos em direção ao Teatro Municipal/Viaduto do Chá, o qual cruzamos e passamos pela Praça Patriarca em direção ao Patio do Colégio.

– Haverá um encerramento pra TV no Pátio do Colégio, porém logo após ainda vamos pro Vale do Anhangabaú, sessão final nas bordas do Vale antes do jogo!

Wild In The Streets Brasil 2010

Wild In The Streets Brasil 2010
Quando? Domingo (20), encontro às 9h30 e saídas às 10h, pontualmente.
Onde? Da Av. Paulista, em frente ao Banco Central (wallride), até o Vale do Anhangabaú, no Centro de SP, com paradas na Praça Roosevelt, Pátio do Colégio e Vale do Anhangabaú.


“Não canso de ouvir” com Diamantee + Quarteirão

Diamantee é o segundo convidado da "Não canso de ouvir"

O Beatmaker Diamantee (Arquivo)

O Per Raps orgulhosamente apresenta a segunda edição da seção “Não canso de ouvir”, iniciada pelo Mascote, do Contra Fluxo, onde personalidades do hip hop fazem uma lista com os dez discos de rap mais importantes na vida e na trajetória de cada um. Dessa vez, o convidado é o beatmaker Diamantee, que fez uma lista predominantemente de discos lançados no meio dos anos 90. Só pedra, confere aí:

1. Wu-Tang Clan – Wu-Tang Forever (1997)
Músicas clássicas:
Reunited; It’s Yourz; Triumph

 

Quando saiu esse disco, em 1997, eu tinha 14 anos e andava de skate em um pico aqui perto de casa (na Lopel). Eu tinha um walkman e não tirava essa fita, toda vez que algum amigo me encontrava eu estava ouvindo. Esse é, na minha opinião, um dos trabalhos mais perfeitos feitos no rap.

2. House of Pain – House of Pain (1992)
Músicas clássicas:
Jump Around

 

Essa foi umas das primeiras músicas que eu ouvi. Na época eu só curtia hardcore, não era muito ligado ao rap, mas lembro que estávamos em casa, eu e uns camaradas, vendo uns clipes, e quando eu ouvi “Jump Around” pela primeira vez eu quis sair pulando e cantando. Aí que o rap começou a mudar minha vida.

3. Black Star  – Mos Def & Talib Kweli are Black Star (1998)
Músicas clássicas:
Definition; Re:DEFinition; Brown Skin Lady; Respiration

Na época que eu ouvi o Black Star pela primeira vez eu estava respirando skate, andava 24 horas por dia. E esse disco pra mim era puro skate, colocava ele no walkman e morria de vontade de andar. Sem palavras,obra prima.

4. Busta Rhymes – Coming (1996)
Músicas clássicas:
It´s a Party

 

Eu fui com o Flávio, um amigo meu, até o centro, comprar um boot porque o meu já estava destruído. Colamos em uma loja de CD´s , na Florida, e havia acabado de chegar esse CD lá. Lembro que na época o dólar era um pra um e o cd era 25 reais. Eu já tinha comprado o tênis, então ele olhou pra mim e perguntou: “Mano, esse CD é foda, sobrou alguma coisa da grana do tênis?” E havia sobrado 25 reais certinhos, aí ele comprou o CD e depois nem lembro se ele me pagou (risos). Lembro que era uma fitinha que eu ouvia muito também.

5. A Tribe Called Quest – Midnight Marauders (1993)

 ATCQ_Mid Mar
Músicas clássicas:
Electric Relaxation; Oh My God

 

Me lembro que não conhecia quase nada de rap e aí os moleques haviam gravado um clipe no Insônia MTV, programa clássico que só passava os melhores clipes. Eles chegaram em casa e me mostraram, era “Electric Relaxation”. Esse clipe tinha o clima do skate, me lembra tipo um dia nublado sem chuva, porque eu pirava nas fitas de skate gringas e na maioria havia cenas em dias cinzas,  em Nova Iorque. Me lembro bem da Zoo York, o melhor vídeo de skate que já vi na vida, rappers rimando e os manos andando demais. Da vontade de chorar (risos)…

6. Mobb Deep – Hell on Earth (1996)
Músicas clássicas:
Hell on Earth ( Front Lines ); G.O.D. Pt. III; Man Down

 

Esse álbum é simplesmente foda. Eu me lembro que fiquei fissurado em M-o-b-b e nessa época aqui em São Paulo nêgo gostava de perguntar o que você estava ouvindo, um ficava disputando com o outro quantos grupos conhecia, era engraçado. Foi bem na época do Napster, dos primeiros programas de mp3 que disponibilizavam músicas de graça e a galera passava a noite inteira baixando disco e procurando coisas novas. E quando me perguntavam o que eu estava ouvindo, sempre dizia “Boot Camp Click, Mobb Deep e Nas”.

7. Nas – It Was Written (1996)
Músicas clássicas:
The Message; Street Dreams; If I Ruled the World (Imagine That)

 

Quando ouvi pela primeira vez “The Message”, descobri que amava o rap. Existem muitos rappers bons, muitas músicas boas, mas só existe um Nas. Para mim é o melhor.

8. Method Man – Tical (1994)
Músicas clássicas:
All I Need;  Bring the Pain

 

Depois de fazer a música M.E.T.H.O.D. Man para o cd do Wu-Tang, “Enter the Wu-Tang”, ele me lança esse clássico. Esse disco é um daqueles que podem se passar 100 anos você não enjôa, muito foda.

9. Black Moon – Enta da Stage (1993)
Músicas clássicas:
I Got Cha Opin

 

Meu primeiro contato com parte intregrante da Boot Camp Clik. Conheci esse som por uma fita de skate que não lembro o nome mas marcou, lembro de ter ouvido muito esse som em uma festa clássica, a “Class”.

10. Jay-Z – Black Album (2003)


Músicas clássicas:
Encore; Dirt Off Your Shoulder; 99 Problems; Lucifer; What More Can I Say

Esse disco foi me deu outra visão, abriu meus olhos para outros produtores que eu não escutava, nem queria saber ou não conhecia, tipo Kanye West e Timbaland. Esse último principalmente porque eu tinha um certo preconceito com o estilo dele, mas quando eu ouvi a faixa que ele fez para o Jay-Z virei fã numero 1. Mudei minha visão de produção e esse disco mudou minha vida.

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Festa

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Nesta quarta-feira, 8/4, a festa Quarteirão, em edição especial, recebe os Dj’s jurados do DMC Brasil (só moooonstro!!!): Dj Bizznizz, Dj Pogo, Dj Cutmaster Swift e Dj Shortkut. Para quem ainda não ficou sabendo,  os vencedores do DMC Team, realizado no último sábado (4), foram os Dj’s do Clã Leste.

O Per Raps dá os parabéns a melhor crew de Dj’s do Brasil e deseja sorte na edição mundial do campeonato!

Serviço
Festa Quarteirão: Dia 8 de abril na Jive Club.
Al. Barros, 376. Higienópolis – Sao Paulo – SP
Informações: 3663-2684 ou http://www.jiveclub.com.br/

Parteum + festa Nike Custom Series

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Depois de passar por Curitiba e Novo Hamburgo, a série de eventos de lançamento do Brasil Custom Series III termina neste domingo, dia 30 de novembro, em São Paulo. Fabio Cristiano a.k.a Chupeta leva suas manobras e seus produtos para o Skate, no Real Parque. 

O evento será aberto ao público e contará com skate sessions, churrasco e cerveja. A música fica por conta de DJs locais e pocket show com o MC e beatmaker Parteum, que produziu uma música para cada um dos atletas Nike SB.

Festa Nike Custom Series com Parteum em Sampa
Domingo, dia 30 de novembro, a partir do meio-dia
Skate Park: R. Ministro Nelson Hungria, esquina com a R. George Eastman Bairro Real Parque – São Paulo/SP
Site oficial: nike custom series III
 
Confira informações sobre as produções de Parteum:
 
O Código de Hamurabi (Song#1: Fabio Cristiano) 2’37” 
Esse tema representa a figura mística de Shamash, deus do sol. Quem conhece o Fabio sabe que a energia que emana do menino não é pouca. Shamash também é conhecido como deus-sol da Babilônia. Construí a batida imaginando um rolê de Shamash com Fabio pelas ruas de SP. Dei o nome de “O Código de Hamurabi” por saber que existem leis rígidas entre o Fabio e seu skate, há um nível de comunicação incomum entre os dois. No código, Hamurabi conta com a ajuda do deus-sol para fazer justiça. Aqui o som simboliza a aliança entre o Sol e um homem livre. Tudo magnificamente marcado pela participação especial de Beto Repinique

A Pilha Alcalina (Song#2: Cezar Gordo) 2’17” 
Pilhas alcalinas sempre fizeram a alegria de skatistas pelo mundo. Os iPods tem baterias internas, mas nos anos 90, para assegurarmos que teríamos música por toda a sessão, comprávamos pilhas alcalinas para energizar walkman e CD Player. Se me lembro bem, uma das minhas primeiras conversas com Gordo tinha a ver com isso. Ele estava com Chaves num estacionamento na Hawthorne (Torrance, CA), e eu voltava de uma loja de discos. Nem sei se ele lembra, mas eu tinha comprado um super pack de pilhas alcalinas, e o moleque não parava de andar de jeito nenhum. 

A Recordação (Song#3: Rodrigo Petersen) 2’56” 
Perdemos um grande amigo e DJ em setembro. Quando comecei a pensar no tema do Gerdal nos falamos, e ele expressou a vontade de homenagear o DJ Primo de alguma forma. Ambos são de Curitiba, eram amigos… Pensei num tema leve que representasse a calma do Primo nos toca-discos e a leveza do estilo de skate do Rodrigo. Uni à isso o peso da bateria do Vander Carneiro, um dos caras que ajudou a definir a plástica do Rap Nacional. Missão cumprida. 

Continue a leitura no blog do Parteum.