Per Raps TV: Ogi e as crônicas da cidade cinza
Crônicas da selva de pedra
Ao contrário do que possa parecer, no Brasil o rap não é feito de glamour. É sinônimo de esforço, correria, noites em claro. Viver de rap também não é tarefa para muitos, é possível contar nos dedos quantos conseguem. Entre aqueles que tentaram e estão no caminho do sucesso está Ogi, MC do grupo paulistano Contra Fluxo, que está prestes a lançar seu primeiro trabalho solo, “Crônicas da Cidade Cinza”.
Entre portas que se abrem e oportunidades que são negadas, o rapper retrata em rima no melhor estilo “contador de histórias” tudo aquilo que vive, que pensa, que sente e o que acha de sua cidade, de seus parceiros, do rap, da vida. Lembranças das épocas de pixo e throw up, até a primeira vez que ouviu o “Sétimo volume da enciclopédia letra H”, Ogi narra o que vê e o que vive na cidade cinza.
Para conhecermos o processo criativo de seu novo CD, além de entender um pouco mais sobre a figura de Ogi, a Per Raps TV traz uma entrevista exclusiva com o MC. Confira!
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Sobre Ogi
Nascido em São Paulo, Rodrigo Hayashi, também conhecido como Ogi, conheceu o rap por volta de 1991 e três anos depois começava a fazer seu próprio som. Formou o grupo Contra Fluxo junto do DJ Big Edy e o MC DejaVú, que depois ainda incorporou Munhoz, Maskot e DJ Willian. O grupo lançou dois discos, “Missões e Planos”, em 2005 e “SuperAção”, em 2007.
Com influências do samba de raiz (há pouco Ogi começou a gravar um podcast muito bacana chamado Lira do Samba) e adepto à rima no formato storytelling , Ogi foi indicado ao prêmio de melhor artista rap pela MTV, após lançar o clipe “Premonição” e dois singles.
Ogi, que também é integrante da crew 360 graus (encabeçada pelo DJ Caíque), já é considerado um dos destaques da cena rap atual, mesmo antes de lançar um CD. Seu primeiro trabalho solo, “Crônicas da Cidade Cinza”, deverá ser lançado em setembro de 2010.
Confira a resenha de “SuperAção” (Contra Fluxo, 2007) por Daniel Cunha.
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Lira do Samba
Novidades da semana
Separamos alguns vídeos que nos chamaram a atenção nos últimos dias para dividir com nossos leitores. Boa ‘leitura’!
O rap cantado em 30 idiomas
Neste vídeo você acompanha a força do rap pelo mundo. Rimas em 30 línguas diferentes!
PS: Antes de se empolgar, não há nenhum representante nacional por lá. Em português, só MC’s de Portugal.
Props to Marcelo Duarte, do blog do Curioso.
Common Market – Escaping Arkham
Vídeo da música Escaping Arkham, presente no novo EP dogrupo de Seattle Common Market, lançado há poucos meses. O clipe tem a direção de Zia Mohajerjasbi, que tem um estilo bem bacana de filmagem e sempre trabalha em parceria com os caras.
Kid Cudi – Make Her Say
Novo clipe do rapper, com a participação de Kanye West e Common.
Pizzol – Paraíso Incomum (prod. Dj Caíque)
Vídeoclipe do mais novo lançamento da 360 Graus Records: Pizzol, 16 anos.
Dub FX
Se liga nesse maluco. Uma conhecida encontrou ele hoje fazendo som em uma rua em Lyon, na França, e indicou. Assista. Sinistro.
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Outras indicações
Pixo
Confira um trecho de 10 minutos do documentário Pixo, de João Wainer e Roberto T. Oliveira, clicando aqui.
Programa Freestyle com RZO

Foto: Programa Freestyle
Já está no ar a nova edição do Freestyle. O convidado é o grupo RZO, da zona oeste de São Paulo. Helião, Sandrão e Dj Cia participaram do programa e, numa entrevista exclusiva, anunciaram sua volta às atividades com o grupo. Também falaram sobre sons, o atual momento do rap nacional e ainda responderam às perguntas de convidados especiais do programa. Confira aqui.
Cortetape – Criatividade é mato

O Dj Cortecertu em ação (Arquivo Central Hip Hop/Bocada Forte)
Beats diferenciados numa sequência caótica. Riscos, colagens, ruídos equalizados de maneira criminosa por DJ Cortecertu, o beatmaker que subeverte os BPMs e utiliza os recursos sonoros dos vinis de uma forma inusitada. Você nunca ouviu algo parecido. Não tenha dúvida. Confira aqui.
Re:Board na Matilha Cultural
O artista, skatista e músico, Alexandre “Sesper” Cruz, lança o projeto RE:BOARD nesta quarta-feira, 22 de julho, na Matilha Cultural, em São Paulo. A Matilha Cultural é um novo espaço no centro de São Paulo destinado a promover a cultura independente. Confira todas as informações clicando aqui.
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Festas
Baile de Los Locos @Especial Michael Jackson
Dia 22 de Julho, quinta-feira.
Local: Mansão Kauffman – Rua das Figueiras, 1.217 – Bairro Jardim – Santo André – SP.
Entrada: R$ 15 – com flyer R$ 10
Informações: bailedeloslocos@hotmail.com / http://www.elbailedeloslocos.blogspot.com/
Projeto Manada e Sombra @ Centro Cultural Rio Verde
Dia: Quinta-feira (23/07)
Local: Centro Cultural Rio Verde
Rua Belmiro Braga, 119 (Vila Madalena)
Akira Presidente na Rinha dos MC’s @ Café Di Lounge
Dia: Sexta-feira (24/07)
Local: Executivo Bar
Rua 7 de abril, 425 (República)
Zoeira Edição Vila Mariana @ Kitsch Club
Dia: Sábado (25/07)
Local: Kitsch Club
Rua Vergueiro, 2.676 (Vila Mariana)
Doncesão @ Café Di Lounge
Dia: Domingo (26/07)
Local: Café Di Lounge
Rua Girassol, 273 (Vila Madalena)
As ruas e o pixo
As ruas e o pixo – por Nathália Leme
Quando se fala em arte de rua, a primeira coisa que vem à cabeça é o grafite que estampa as paredes da cidade. Mas pensando bem, nem toda estampa é feita pelo o grafite. Temos a pichação também mas ao contrário do grafite não recebe status de arte.
Considerado por muitos uma agressão, o visual da pichação está diretamente ligado à forma como ela é vista e percebida. Muitos jornalistas, fotógrafos, especialistas em piXo acreditam que essa estética é para agredir mesmo. E não são só eles que acham. E o que será que a pichação representa para quem a faz?
Segundo o fotógrafo Choque em entrevista ao IG Jovem, a pichação funciona como uma válvula de escape. “…é um modo de diversão, forma de protesto contra a sociedade. Para mim, uma forma de aparecer também”- conta Tatei pichador há 20 anos.
Com toda a sua identidade peculiar, essa comunicação urbana usa uma linguagem tão própria que não faz a mínima questão de ser entendida pela sociedade. Segundo o pichador há 14 anos RHip Hop, o picho nunca será como o grafite porque aos olhos da sociedade é feio, além de ser ilegal. Talvez por isso não ganhe os espaços das galerias, mas esse nem é o objetivo.
A pichação não se faz para ser entendida e nem esteticamente apreciada. O valor de pichar pode estar em se arriscar, em sentir toda a adrenalina de fazer o ilegal. Mas para alguns não é só isso, “ A maioria começou por não ter opção de lazer e a pichação, quer queira quer não, é lazer”-comenta RHip Hop”. “é uma mistura de hobbie, vício e protesto’- completa Naldo atuando desde 1993. Esse lazer já passou por algumas evoluções, de quem vê e de quem faz.
Até 1995, o grafite e a pichação eram tratados como vandalismo. Até que através de trabalhos dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, osgemeos, o grafite alcançou status de arte fora do país e por aqui começou a ser aceito por se aproximar do que a maioria acredita ser arte. O mesmo não aconteceu com a pichação que não é muito difundida em outros países.
Hoje em dia o grafite é arte e o picho continua sendo crime ambiental nos termos do art. 65, da Lei 9.605/98, com pena de detenção de 3 meses a um ano além de multa. Se o ato for realizado em monumento ou imóvel tombado por seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena passa a ser de 6 meses a um ano, e multa . Os processos são comuns “Tomei um processo em 98 e outro dia 2 de janeiro desse ano” conta RHip Hop.
Ainda assim há uma evolução, ou pelo menos uma tentativa. Tanto que existem projetos que apoiam a legalização do picho, mas para muitos dos pichadores isso implica em perder toda a graça da modalidade. Para a sociedade em geral, a evolução de todo picho é virar grafite. Mas há controversas, e não são poucas. “Pichador é pichador. Picho é piXo. Grafite é grafite e por aí vai”- emenda.
Depois de toda avalanche de idéias em relação à esse assunto, veiculada na mídia ou não, discutida ou não, pra você qual é o caminho da arte de rua?
Você acha que a pixação é arte/manifesto legítimo ou vandalismo? Comente!
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8-bits, Festa e promo camiseta “Na Humilde”
Imagine uma mixtape de músicas com Jay Z, Kanye West, T.I, Ludacris e outros grandes nomes do rap norte-americano. Seria bem interessante, certo? E se essa mix tivesse beats em 8-bits (sim, como nos videogames!). Pois então aperte o play abaixo e curta essa idéia. Se gostar, comente e nos diga o que achou!
http://thetapeisnotsticky.com/uploads/2009/03/8bithiphop-1.mp3″Tracklist
Jay-Z , “Dirt Off Your Shoulder”
T.I, “What You Know”
Chamillionaire, “Ridin’ ”
Ludacris, “What’s Ya Fantasy”
Bonecrusher, “Neva Scared”
Kanye West, “Gold Digger”
Ludacris, “Move B*tch”
Lil’ Jon, “Get Low”
Kanye West, “Gold Digger”
Zoeira SP com Casa Di Caboclo
Neste sábado, a Zoeira promove uma edição especial que reúne artistas do selo Casa 1. A atração principal fica por conta do Casa Di Caboclo . A noite também terá participações especiais dos MC’s Ralph e Kene (A Tropa) e a abertura fica por do Grilo 13, que lança seu novo videoclipe “Nossos Destinos”.
Além das atrações do pocket-show, a pista será comandada pelo Dj Kefing (Lua e Tapas Bar), que estará comemorando o seu aniversário nesse dia, os Selectors Bside (Flow Papa Nego e Tiago Canzian ‘Escaleta’) e o Dj Gusta. Haverá ainda uma exibição do video de skate “Ainda é só o começo“. Apresentação por Marcello Gugu (Afrika Kids Crew) e Lenda (Pacho’ls).
Zoeira SP na Hole Club
Rua Augusta, 2203 – Jardins (dentro da Galeria América) – Metrô Consolação
A partis das 23h30
Preço: R$15 ou R$10 com flyer e nome na lista (zoeirahiphop@gmail.com)
Mulher FREE ate a meia-noite
A Per Raps Promo ainda não acabou! O prazo foi prorrogado até segunda-feira (23/03), por isso escreva já o seu comentário e concorra a uma camiseta “Na Humilde Crew”. Clique aqui e saiba como participar!